
Na sexta-feira, recebi a notícia da morte de Rodrigo de Souza Leão, um poeta, na minha opinião, dos mais originais que já tivemos no inicio deste século. Nunca estive a conversar com ele pessoalmente, mas, Rodrigo era demais gentil no e-mail que nos mandava. Um dia comprei seu romance Todos os cachorros são azuis, e afirmo, é deveras impressionante pela originalidade e força da escrita. E o livro Caga-regras , onde há uma poesia confessional e simples contendo uma força que se deve a Rodrigo dizer na poesia claramente o conflito de todos nós que vivemos o séc. XXI. Pois bem, não vou me alongar nos elogios. Acontece que hoje estou em silêncio, eu e os demais poetas que o conheceram... pois, ontem, Márcio-André, Ronaldo Ferrito, e eu, nos reunimos e prestamos homenagem a este poeta e amigo.
Aqui dois poemas de Rodrigo - o Digão.
PÁSSARO DE ASA QUEBRADA OU OS ANJINHOS DO HOSPÍCIO
Aqui dois poemas de Rodrigo - o Digão.
PÁSSARO DE ASA QUEBRADA OU OS ANJINHOS DO HOSPÍCIO
TADINHO DELE
ELE NÃO CONSEGUE SAIR DE CASA
ELE SÒ PENSA NAS SUAS PRÓPRIAS ASAS
Certeza sem nuvens e sem estrelas
Nunca saio de mim
Por isso sou só
Tenho uma camada de pó
Tomo remédios coloridos
Escuto com três ouvidos
E vejo com um olho só
Agora me olha e me diz
Se estou certo
Se sou mesmo este céu deserto
Abaixo as leituras em video que eu, Márcio-André e Ferrito, fizemos em presta homenagem.
Rodrigo, os poetas estão em silêncio, a você nosso adeus e saudades!
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